quinta-feira, 9 de julho de 2015

Sony compra empresa de mídia digital fundada por argentino ex-UOL

A Sony Pictures Television (SPT) anunciou ontem (8) a compra de 51% da Internet Media Services (IMS), considerada uma das maiores empresas de compra e venda de mídia digital na América Latina. A IMS é responsável pela comercialização na região de espaços publicitários em plataformas como o Waze, Twitter, Linked In, Spotify e iAds, da Apple. O valor do negócio é estimado em US$ 100 milhões, de acordo com o site americano TechCrunch. As empresas não divulgaram os dados financeiros.

As duas companhias são parceiras comerciais desde janeiro deste ano, quando a IMS foi escolhida como representante exclusiva de vendas de publicidade de uma das empresas do grupo Sony, a Crackle, na América Latina. A Crackle oferece vídeos sob demanda em um modelo similar ao da Netflix, mas ainda não lançou seus serviços no Brasil. A empresa, no entanto, já tem um site brasileiro e informa no endereço que está expandindo e deve chegar à região.

A aquisição da IMS representa mais uma avanço do grupo Sony nas plataformas digitais. "Com o setor (de mídia digital) crescendo exponencialmente, estamos ansiosos para trabalhar em conjunto", disse o presidente de redes mundiais da SPT, Andy Kaplan, em nota. "Integraremos práticas e inteligência às nossas redes e equipes de vendas de anúncios tanto na região como globalmente, o que torna esta colaboração uma excelente extensão de nossos atuais negócios", completou.

Para o fundador da IMS, Gaston Taratuta, que já dirigiu operações de venda de mídia do UOL, há sinergias "estratégicas" entre as duas empresas. "A Sony terá uma plataforma mais completa para oferecer aos anunciantes. Hoje, eles sabem que o consumidor que assiste TV está com o celular na mão. É integrado", disse.

A IMS foi criada há cerca de dez anos por Taratuta, um executivo argentino que já atuou no mercado publicitário e editorial brasileiro. Com presença em 16 países da América Latina e cerca de 400 funcionários, a empresa faturou cerca de US$ 120 milhões no ano passado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.



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