terça-feira, 7 de julho de 2015

Asus e Motorola dão boas vindas à Xiaomi no competitivo mercado de smartphones

Nesta semana a Xiaomi lançou o smartphone intermediário Redmi 2 no Brasil, com preço sugerido de 500 reais. A missão da empresa com esse produto é “colocar mais gente para dentro”, como define o vice-presidente Hugo Barra, responsável pela expansão internacional da marca. No entanto, essa meta faz a companhia bater de frente com duas fabricantes que já oferecem smartphones para o mesmo segmento de mercado: a Asus e a Motorola.

No segundo semestre de 2013, a Motorola lançou o primeiro Moto G, um aparelho que tinha configuração de hardware parecida com a do Galaxy S4 mini, da Samsung, e custava metade do preço: 650 reais. O sucessor veio menos de um ano mais tarde: o Moto G segunda geração chegou ao mercado com o mesmo chipset do anterior, um Snapdragon 400 de 1,2 GHz, mas com uma tela maior, de 5 polegadas (HD), uma câmera que fotografava com mais resolução (8 MP) e um receptor de TV digital (1-seg). O preço, entretanto, aumentou e começa atualmente em 700 reais.

No final do ano passado, foi a vez da Asus oferecer um aparelho concorrente na mesma faixa de preço: o Zenfone 5. O smartphone adota um processador Intel Atom dual-core, tem 2 GB de RAM (o dobro do Moto G), tela HD de 5 polegadas e câmera de 8 MP com recursos de software que fazem falta ao dispositivo da Motorola. O valor do aparelho, assim como o do Moto G, é de 700 reais.

No dia do anúncio do lançamento do Redmi 2, a Asus lançou uma promoção chamada “Chega de mimimi”, uma referência direta ao apelido da Xiaomi, Mi. Nesta ação, a empresa diz ter vendido 1 mil unidades do Zenfone 5, que vinha com a Flip Cover de 150 reais, por 490 reais, 10 a menos do que o preço do Redmi 2, que só começaria a ser vendido cinco dias depois. No Brasil desde 2008, a Asus informou que já aprendeu muito sobre a produção local e que agora “conseguimos ter um produto com um excelente custo benefício e também fazer uma promoção pontual como a Chega de Mimimi”.

Procuradas pela INFO, nem a Asus nem a Motorola se mostraram preocupadas com a chegada da Mi no país, apesar da reação em forma de promoção da Asus.

A Motorola aposta no seu pioneirismo no segmento de smartphones intermediários de custo reduzido para lidar com a chegada da Xiaomi com um produto mais barato do que o Moto G e até mesmo que o Moto E.

“A Motorola Mobility do Brasil reforça que foi a primeira fabricante a adotar a estratégia de oferecer smartphones de qualidade e com excelente custo-benefício no país, acompanhada por suporte técnico com cobertura nacional, de um portfólio completo e com preço justo para todas as gamas. A empresa acredita que está na direção correta e vai manter sua estratégia”, informou a marca, em nota oficial.

Já a Asus põe suas fichas no que aprendeu no Brasil nos últimos sete anos.

“O país possui diversas peculiaridades para o mercado de tecnologia, sejam burocráticos ou de consumidores. A chegada de um novo player é interessante por movimentar o mercado e possibilitar que o consumidor tenha cada vez mais escolhas e gera na Asus um movimento para entender esse novo momento do mercado. Ainda é cedo para entender qual será o espaço que a Xiaomi ocupará”, disse Marcel Campos, diretor de maketing e produtos da Asus Brasil, ressaltando que a companhia “ocupa um espaço interessante em um curto período de tempo, principalmente com jovens e outros que estão dispostos a inovar em novas marcas.”

A Xiaomi não revelou qual é a sua meta de vendas em 2015, mas o primeiro lote do Redmi 2 se esgotou em poucas horas nesta terça-feira, apesar dos problemas enfrentados pelos consumidores e relatados na página da empresa no Facebook. A fabricante informou ter sofrido com o grande fluxo simultâneo de internautas. Como consequência, finalizar a compra foi inviável, mesmo após diversas tentativas, conforme relatos na fanpage da marca. Uma nova remessa de Redmi 2 será vendida em 14 de julho e as reservas podem ser feitas no site oficial da companhia, a partir das 18h de hoje.

[Review: Xiaomi Redmi 2]

A empresa não divulgou um balanço até o momento, mas, ao mesmo pelo ponto de vista da infraestrutura de TI, o lançamento excedeu a expectativa de vendas.



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